O período entre outubro, novembro e dezembro já costuma ser acelerado para os criadores de conteúdos digitais, as datas comemorativas e as campanhas de fim de ano das marcas formam o match perfeito para muitas atividades publicitárias, que neste ano de 2022 estão fortalecidas pelo clima de copa do mundo, sobretudo após as eleições, com o setor de alimentos & bebidas empolgado, as festas de halloween, além das ativações comerciais da black Friday e as festas do fim do ano.

A Papo de Mídias convidou a equipe da Startup Cely, de São Paulo, especializada em inteligência de dados e estratégias de influência, pra contar pra gente quais as expectativas para esta reta final de 2022, nos negócios e nas relações entre marcas e influencers.

Bruno Pires, CEO Startup Cely, Leandro Bravo, CSO, Waleska Bueno, CMO e Mauro Rezende, CTO.

Desde a fundação em 2016, a Cely aposta em democratizar o acesso de qualquer tipo e tamanho de influenciador a campanhas publicitárias, assim como de qualquer pequena empresa às ativações com influenciadores.  Além da tecnologia como base da solução que entrega, a Cely tem consultoria personalizada para planejamento, curadoria, produção e ativação de ações e campanhas personalizadas, atuando como o braço de influência de agências, empresas e marcas.

Aqui compartilhamos a primeira parte do nosso papo: Quem responde é a Waleska Bueno, sócia e CMO e o Leandro Bravo, CSO e fundador da Cely:

Papo de Mídias: Como será este último trimestre do ano para os Creators?

Existe uma preocupação sobre a polarização política e como as marcas vão selecionar os creators após as eleições. Certamente o uso de creators será intenso neste último tri. São eventos onde o varejo grita muito alto e a personificação das marcas colabora para a entrega dos resultados.

Esse ano, ainda mais atípico por conta da Copa – com uma data atípica em dezembro – teremos um aglomerado de datas comerciais e festivas acontecendo simultaneamente. Três grandes datas com particularidades diferentes. Dentro destas, cada uma performa e provoca uma relação de compra com particularidades próprias.

Na Black Friday é compra de oportunidade; Natal desperta o desejo de presentear e receber a família, amigos… Já na Copa é um misto dos dois: oportunidade para o segmento TV e eletrônicos e o de alimentos & bebidas para o hábito de reunir pessoas para celebrar. 

Papo de Mídias: Quais os desafios para o planejamento de conteúdos visando esta reta final de 2022 e o começo de 2023?

Como se destacar na multidão. É o principal deles. Teremos temas muito relevantes (copa, blackfriday, natal..) e existe um perigo de as marcas se confundirem na multidão. Aqui, o antídoto é:

bom planejamento, boa curadoria e muita criatividade.

Mas, ainda que seja uma sensação de todo mundo falando ao mesmo tempo, é importante que o creator se engaje com conteúdo bastante genuíno e que tenha de fato relevância nesses períodos. Com boa estratégia, o creator participa e pode performar muito bem; principalmente quando as marcas convidam o creator para a cocriação. Ouvir o creator agora é uma estratégia que colabora para a diferenciação.

Papo de Mídias: As marcas realmente têm aberto espaços e oportunidades para os nano e micro creators?

A contratação de nano e micro ainda está muito pautada na visão de conversão de campanha. A maior parte das campanhas que usam este segmento é mais ligada à venda. Ainda está muito embrionário o entendimento e o olhar estratégico de que micro e nano também podem colaborar para campanhas de conhecimento de marca e experimentação de produto.

O mercado está cada vez mais sendo olhado e analisado pelas marcas. Seja uma empresa grande montando grupos com múltiplos perfis, seja empresas menores usando esta estratégia com harmonia ao seu tamanho.

Uma premissa equivocada é pensar as campanhas somente a partir da relação: se tenho baixo orçamento trabalho com nano; quando eu tenho alto orçamento eu trabalho com nomes grandes. Mas essa decisão precisa ser estratégica e não somente em razão do orçamento disponível. 

É importante rever o conceito de que o uso de micro e nano sirva somente para campanhas de baixo orçamento. Nosso olhar aqui na Cely, usar micro e nano é uma decisão estratégica, de acordo com os objetivos da marca. Nano, por exemplo, pode funcionar muito bem para empresas grandes que possuem produtos para nichos específicos.

Sobre os nossos convidados:

Aos sete anos de vida, a Cely, startup especializada em inteligência de dados e estratégias de influência, anuncia a chegada de uma nova sócia e CMO. Waleska Pimenta Bueno, publicitária atuando desde 1994, possui sólida experiência na gestão e operação de empresas, tendo estado a frente da BETC como Diretora Geral e por dois anos – de 2017 a 2019, foi COO da Suba. Nos últimos três anos está à frente da Colheita, empresa especializada em desenvolver e gerir projetos customizados de comunicação de marca para startups.

Waleska traz sua expertise em comunicação e branding para assumir, portanto, as estratégias gerais de marketing alinhadas às estratégias de negócio e conduzir a Cely na construção e consolidação de referência em estratégias de influência para o mercado. “Muito animada com essa nova posição e oportunidade de contribuir para ampliar o potencial criativo e gerar mais possibilidades de entregas para as marcas, a partir de toda expertise que a Cely tem no segmento de influência”, comenta a nova CMO. 

Leandro Bravo, fundador da Cely, agora passa para a posição de CSO – Chief Strategy Officer, que tem como principal função pensar e executar estratégias de negócio e de mercado dentro da startup. Para ele, a chegada de uma mulher na sociedade é muito comemorada. “Kika certamente fará um trabalho ainda maior e melhor que o meu, com a energia que combina com a cultura e jeito Cely de entregar solução criativa e de resultado para esse mercado”, afirma Bravo.

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