Para ter bons resultados de vendas, a captação de novos clientes é uma estratégia fundamental. Mas, a retenção, impera como ação mais relevante ainda. E isso passa necessariamente pelo atendimento, incluindo aquelas pessoas com deficiência, que se configuram como uma significativa parcela dos consumidores.
Para ajudar empresários e profissionais que buscam melhorar a atenção a esse público, o Sebrae no Rio Grande do Norte promove a primeira edição do “Workshop Diversidade, Inclusão e Acessibilidade: Como oferecer um atendimento de excelência”.
A capacitação ocorre nesta quarta-feira (7), a partir das 18h30, no Salão de Eventos da instituição, em Natal. Ainda restam as últimas vagas e as inscrições podem ser feitas pelo link https://abre.ai/foRc.
O Workshop apresenta metodologia que envolve ferramentas práticas de Diagnóstico de Acessibilidade, Canvas da Acessibilidade, Checklist de como organizar eventos acessíveis. A proposta é preparar o participante a estar apto, após a capacitação, a implementar esses recursos em qualquer contexto institucional ou empresarial. Serão três horas de conteúdos teóricos, que contextualizam essa tendência de inclusão, aliados a atividades práticas.
De acordo com dados do Censo 2010, o Rio Grande do Norte está entre os estados com maior percentual de Pessoas com Deficiência do país. Isso corresponde à 27,8% da população, e aproximadamente 882 mil pessoas, número que equivale a quase toda a população da capital potiguar.
E essa parcela de potiguares também tem poder de consumo e almeja – e devem – ser protagonistas das escolhas de compra de produtos ou de contratação de serviços. Daí a importância de ter nas empresas e instituições equipes preparadas para atendê-la.
Para a psicóloga Myleyde Silva, idealizadora e facilitadora do workshop, os empresários precisam encarar essas pessoas como clientes em potencial e passar a adotar a inclusão como estratégia competitiva do negócio.
“A maioria das empresas não se encontra preparada para atender essas pessoas, então, essa expressiva parcela de potiguares encontra-se desassistida”, pondera Myleyde Silva.
Segundo a psicóloga, mais que um diferencial, a inclusão é uma questão legal. Existe uma legislação no município de Natal desde 2016 que obriga bares e restaurantes a disponibilizar seu cardápio em braile, por exemplo. “A inclusão e acessibilidade são direitos garantidos por lei, mas geralmente não são cumpridos pelas empresas e instituições”.
De acordo com Myleyde Silva, que também é trainee do Sebrae, os problemas mais notórios são os termos capacitistas, que muitas vezes por desconhecimento as pessoas utilizam para se referir a pessoas com deficiência. Isso é reflexo da falta de acessibilidade atitudinal, que é uma das sete Dimensões da Acessibilidade que precisam ser cumpridas para que a acessibilidade se concretize efetivamente. Por isso, o workshop pretende atuar para que os negócios participantes passem ser empresas inclusivas e consigam implementar de forma prática as 7 Dimensões da Acessibilidade.