Em homenagem ao dia do folclore, marcado pela data de 22 de agosto, a coluna Papo de Mídias na rádio trouxe dicas de livros de um nome super importante da cultura brasileira: Luís da Câmara Cascudo. Nascido no Rio Grande do Norte, Luís da Câmara Cascudo foi historiador, folclorista, etnógrafo, jornalista e memorialista brasileiro com vasta produção publicada e estudada em vários países.
Aqui indicamos livros publicados pela Global Editora: O primeiro é ‘Dicionário do Folclore Brasileiro’: O livro tem milhares de verbetes sobre as superstições, crendices, mitos, danças, lendas, práticas vividas pelo povo brasileiro.
A segunda dica é a obra ‘Lendas brasileiras para jovens’: São Dezesseis lendas agrupadas por regiões, do norte ao sul do país. Um resgate da herança cultural dos índios, negros e europeus. São histórias que destacam a nossa diversidade linguística e cultural.
Já a terceira dica traz um Cascudo para crianças, através do livro ‘A princesa de Bambuluá’. A obra toca nossa sensibilidade e dá asas à nossa imaginação. Uma estrada. Uma grande pedra com uma gruta espaçosa. Sábios velhinhos. Uma princesa encantada. Um rapaz franzino chamado João.
Vem ouvir:
Tem mais dicas aqui:
Tradição, ciência do povo
O livro “Tradição, Ciência do Povo” reúne registros escritos e orais da cultura popular brasileira. Entre outros temas, analisa a relação do nosso povo com a natureza (as plantas e seus aspectos medicinais e mágicos), seus fenômenos naturais (chuva, calor, vento, tempestade etc.) e os quatro elementos (água, fogo, terra e ar).
História de Vaqueiros e cantadores para jovens
Coletânea, acessível ao jovem leitor, representa uma viagem pelo Brasil diverso, rico e prazeroso de Câmara Cascudo. Antes de todos os versos há sempre uma explicação que contextualiza o motivo e a história da cantoria.
“A lenda de Pedro Cem é muito espalhada e conhecida no Brasil. A história, contada como apólogo moral, ouvi muitas vezes, nas noites sertanejas. Meu Pai sabia algumas quadras. A que transcrevo é de junho de 1932, impressa em Recife, Pernambuco. Pedro Cem continua tendo leitores e sua existência servindo de exemplo apavorador”, explicou Cascudo.
Lendas brasileiras para jovens
Dezesseis lendas compõem esta antologia. Agrupadas por regiões, do norte ao sul do país. Um resgate da herança cultural, construída pelos índios, negros e europeus. Conhecer a história do Cobra Norato, do Barba Ruiva, do Romãozinho, da cidade encantada de Jericoacoara, do Chico Rei, da gralha azul e do Negrinho do Pastoreio, entre outros, dá uma dimensão de nossa diversidade linguística e, consequentemente, cultural. Lendas brasileiras para jovens representa uma viagem de descoberta e de encantamento pelas terras brasileiras.
Sobre Câmara Cascudo:
Um dos mais respeitados pesquisadores do folclore e da etnografia no Brasil, Luís da Câmara Cascudo viveu quase toda a sua vida no Rio Grande do Norte. Lia, recebia visitas e escrevia muito. Em suas viagens, fazia amigos e ouvia histórias. Trocava correspondências com bastante frequência.
Cascudo era constantemente abordado por pessoas, seja por escrito ou ao pé do ouvido, e acabava sendo um constante receptor de informações de toda a sorte, incluindo relatos de causos que embalaram o sono ou provocaram sustos em gerações e gerações. Como historiador, enriqueceu a sua obra com pesquisas sobre o homem no Brasil, deixando um precioso legado repleto de referências da sabedoria popular e da cultura brasileira.
Em 1954, foi lançado o seu trabalho mais importante como folclorista, o Dicionário do Folclore Brasileiro, reconhecido no mundo inteiro. No campo da etnografia, publicou vários títulos importantes, como Rede de Dormir, em 1959, e História da Alimentação no Brasil, em 1967. Mais tarde, veio Geografia dos Mitos Brasileiros, com o qual recebeu o Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Cascudo trabalhou até os seus últimos anos de vida, tendo sido agraciado com dezenas de honrarias e prêmios. Morreu aos 87 anos. Até hoje, a sua obra é preservada e divulgada por meio do Instituto Câmara Cascudo (Ludovicus), que mantém o acervo do autor na mesma casa em que ele residiu por cerca de 40 anos na cidade de Natal.
CRÉDITOS COLUNA PAPO DE MÍDIAS NA RÁDIO 91 FM NATAL
Curadoria e narração: Erika Zuza
Edição de áudio: Fagner Bispo